segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

SR. MALDITO

 
Eu poderia ser um agente funerário 
Mas na verdade sou um agente da vingança
Vivendo em um cemitério
Uso óculos escuros pra esconder os meus olhos vermelhos
Que derramam lagrimas de sangre negro
Em minhas mãos
Sangue inocente
Que nunca vão sair
E com um crânio de uma criança na ponta do bastão
Por que eu só queria ser maldito
O Sr. maldito 

(SR. MALDITO, 2014)

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

LABIRINTOP

Um ponto
A origem de uma linha
Essas linhas desenham um labirinto 
Redes sociais
Efeitos opticos
Onde poucos consegue sair
atordoados com tanta informação
Labirintop

(LABIRINTOP, 2014)

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

UM OLHAR DO PARAISO

Com uma idéia na cabeça
E uma cãmera na mão
Uma dose de cinema brasileiro, por favor
Compreender o mundo de uma forma tão particular
Observao momento que não é seu
E transformar em algo próprio
Pra alguns pode parecer estranho
Com um caderninho na mão
Desenhando com a câmera sonhos revelados no olhar
Um olhar do paraíso
Branco, preto e vermelho
São as cores desse mundo
Um mundo onde somos todos fragmentos
Luzes da cidade
Nasci, cresci e agora só falta morrer
Vamos sair pra usar umas drogas?
Melhor convite
Chapar no réquiem de um sonho
Com cigarros e livros  
(UM OLHAR DO PARAISO, 2014)

segunda-feira, 14 de julho de 2014

REAL E IMAGINÁRIO

O que é real?
O que é imaginário?
Como será essa pessoa?
Ela existe?
O que estou vendo é ela ou um desenho?
Em que dimensão está?
Será que estamos em um mundo real ou em um mundo imaginário?
Sua vida é em preto e branco ou a cores?
O que esta diante dos meus olhos?
Seu mundo é uma pequena caixa?
Ou uma cela?
Observando
Ao redor, um imenso tabuleiro de xadrez com copos vazios
A chuva cai em sua direção 

Protegendo com guarda chuva que era preto se torna vermelho
E enche os copos de sangue que estão no tabuleiro
Tão surreal quanto às mentes que criam esse mundo


(REAL E IMAGINÁRIO, 2014)

terça-feira, 6 de maio de 2014

ESTALACTITE - ESTALAGMITE

Escondida em uma caverna
Fria e cinzenta
Estalactites no teto
Estalagmites no chão
Como dentes de um grande verme
Olhos negros
Cicatrizes no corpo
Mancha vermelha nos olhos
O mesmo vermelho em sua mão direita
Um dardo ensangüentado
Sua reação é lançar o dardo contra os estranhos que a desejam mal
Com os pés descalços
Ela segue a trilha do rio vermelho que há dentro da caverna
Que pode levá-la para fora da caverna
Antes que o rio seque
As estalactites se fechem com as estalagmites
E forme uma jaula
O que ela mais deseja é sair da caverna
Ver a luz
E ser livre


(ESTALACTITE - ESTALAGMITE, 2014)

terça-feira, 1 de abril de 2014

DEUSA VERMELHA

Estelar
Deusa vermelha
Esta condenada
A ser uma deusa de cabelos vermelhos
Por toda a vida
Com o seu cabelo em chamas
Sobrevoando a colheita maldita
Refletida no espelho do céu
Estilhaçado silenciosamente
Um espelho e alguns muitos silêncios
Rastros de cinzas no paraíso
Almas vendidas
E depois não sentir nada
Eu fiz um pacto na encruzilhada
Ficarias com a minha alma por garantia
Só pra retratá-la

(DEUSA VERMELHA, 2014)

quarta-feira, 12 de março de 2014

GRAVIDADE

Quando o Diretor Alfonso Cuarón presenteou o cinema com a sci-fi “Filhos da Esperança” em 2006, será que poderia o mesmo diretor nos presentear com outro filme do gênero sci-fi? A resposta é sim. Em 2013 fomos presenteados com a excelente “Gravidade”. Uma história simples com uma ótima proposta de direção. Além de apresentar uma excelente fotografia e incríveis efeitos visuais, a edição de “Gravidade” conduz toda a angústia dos personagens de George Clooney e principalmente de Sandra Bullock.  Com vários planos seqüências (basta lembrar das cenas de “Filhos da Esperança”). Jogados no espaço sideral. Sufocando o espectador como se tivesse dentro do capacete em primeira pessoa. “Gravidade” é um renascimento do gênero sci-fi.

Uma das cenas mais linda de “Gravidade” é a da personagem de Sandra Bullock dentro da nave espacial em posição fetal. Preste a renascer. Fazendo uma composição desta cena dentro do capacete com um único pensamento. Não se entregue.

(GRAVIDADE, 2014)

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

BICO DE PENA

Era só um rascunho
Luz e sombra
Claro e escuro
Preto e branco
Bem e mal
Sua pele é que nem papel
Esperando pra ser desenhada
Desenhada com lápis
E arte-finalizada com nanquim
Nanquim que vem das minhas veias
Perfuradas por um bico de pena
Por que era só um rascunho

(BICO DE PENA, 2014)