segunda-feira, 17 de outubro de 2011

OLHO DE TWIG

A lente da câmera
É como se fosse uma passagem
Para um outro mundo
Onde o observador vê o mundo do observado
Meio expressivo
Meio surreal
Um desenho vivo a nankin
Mas o nankin acaba no meio da passagem
Do claro ao escuro
Do outro lado se vê um leque
Cobrindo um rosto
O leque se afasta
Como uma meia lua
Mostra a outra face
É uma descendente
Ela também vê
Seu olho esquerdo mostra o que acontecerá no futuro.
Os papéis se invertem.
Ela que era observada agora é a observadora.
E o que era claro vira escuro
E o que era escuro vira claro.

(OLHO DE TWIG, 2011)

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

SHE'S ELECTRIC

As vezes, quando você conhece alguem na fila do cinema.
E essa mesma pessoa tira da bolsa uma câmera.
Pra registra alguns rostos ao redor dela.
Horas depois da sessão.
Você liga o computador e bate um papo virtual com ela.
Descobre suas paixões.
Beatles, fotografia e violão.
Uma história sem fim.
Retrata e retrato bem ela na real.
No preto e branco.
Como se ela estivesse num cenário expressionista.
Olhando para um certo ponto.
Um ponto de fuga.
E quando pergunto que nome daria.
Pensei em "She's Electric" do Oasis.
E sua resposta foi:
"CAN I BE ELETRIC TOOOOOOOOOO"
"Adoro essa música!"
Opa, então acertei.
Ela é elétrica!

Um trecho da canção "She's Electric" traduzida:
"Ela é elétrica, Eu também posso ser elétrico também?
Eu posso ser elétrico também?
Eu posso ser elétrico também?
Eu posso ser elétrico também?"

(SHE'S ELECTRIC, 2011)