segunda-feira, 17 de outubro de 2011

OLHO DE TWIG

A lente da câmera
É como se fosse uma passagem
Para um outro mundo
Onde o observador vê o mundo do observado
Meio expressivo
Meio surreal
Um desenho vivo a nankin
Mas o nankin acaba no meio da passagem
Do claro ao escuro
Do outro lado se vê um leque
Cobrindo um rosto
O leque se afasta
Como uma meia lua
Mostra a outra face
É uma descendente
Ela também vê
Seu olho esquerdo mostra o que acontecerá no futuro.
Os papéis se invertem.
Ela que era observada agora é a observadora.
E o que era claro vira escuro
E o que era escuro vira claro.

(OLHO DE TWIG, 2011)

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