domingo, 4 de dezembro de 2011

O DIA SEGUINTE



Comparações e semelhanças de um casal em sua própria dimensão. O estranho é além de viverem sua própria dimensão, o casal nem ao menos se conhecem.
Em preto e branco, os personagens são identificados apenas por Ele e Ela. Moram no mesmo prédio mas em apartamentos diferentes.
Ele, um músico. Ela, desenhista. O único elementos que eles tem em comum é um velho relógio vermelho.
O relógio toca às 08h00 da manhã. É quando o dia dos personagens começa. Praticando as mesmas ações. Uma após a outra, em forma continua. Desde o momneto em que acordam, até o instante em que se encontram elevador que dura por alguns segundos. O relógio toca às 08h00 da manhã.

Devo a realização deste projeto para:
Fotoativa, por ter selecionado o projeto no primeiro edital de videoarte.
A equipe: Bianca D'Aquino (Café, Cinema e Quadrinhos), Carol Matos, Ray Neto, Douglas Caleja, Krishna Rohini, Joabne Oliveira e Glenda Figueira.

"O Dia Seguinte" Foi exposto na 17º Salão de Pequenos Formatos na Galeria de Artes Graça Landeira e selecionado no II Noites Com Sol na mostra competitiva, ambos de 2011.

(O DIA SEGUINTE, 2011)

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

SOLLO



Primeiro teste da animação "Sangue Sollo" intitulado "Sollo", feito durante a oficina de animação avançado ministrado por Marcos Magalhães (um dos fundadores e diretores do Anima Mundi).
Neste teste, foram capturados os dez primeiros desenhos e editados. Como era só um teste, a captura também foi feita na base onde estavamos desenhos, causando um efeito stop-motion.
Sempre que vejo este teste, eu me pergunto: "Será que eu devia ter deixando toda a animação "Sangue Sollo" desse jeito?"

(SOLLO, 2006)

terça-feira, 1 de novembro de 2011

O NEVOEIRO

Céu cinza.
Terra cinza.
Mar cinza.
Do nada, surge um nevoeiro.

Esse nevoeiro toma a forma de uma mulher.
Parece que ela emergiu do mar.
Será a minha imaginação?
O som da brisa parece dizer:
"Veja o que você quiser!".
Penso em toca-lá.
Mas evapora.
Ela desaparece.
Assim como a vida.
Tudo é temporareo.
Tudo vai embora.
Menos a imagem que fica em minha memória.

(O NEVOEIRO, 2011)

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

OLHO DE TWIG

A lente da câmera
É como se fosse uma passagem
Para um outro mundo
Onde o observador vê o mundo do observado
Meio expressivo
Meio surreal
Um desenho vivo a nankin
Mas o nankin acaba no meio da passagem
Do claro ao escuro
Do outro lado se vê um leque
Cobrindo um rosto
O leque se afasta
Como uma meia lua
Mostra a outra face
É uma descendente
Ela também vê
Seu olho esquerdo mostra o que acontecerá no futuro.
Os papéis se invertem.
Ela que era observada agora é a observadora.
E o que era claro vira escuro
E o que era escuro vira claro.

(OLHO DE TWIG, 2011)

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

SHE'S ELECTRIC

As vezes, quando você conhece alguem na fila do cinema.
E essa mesma pessoa tira da bolsa uma câmera.
Pra registra alguns rostos ao redor dela.
Horas depois da sessão.
Você liga o computador e bate um papo virtual com ela.
Descobre suas paixões.
Beatles, fotografia e violão.
Uma história sem fim.
Retrata e retrato bem ela na real.
No preto e branco.
Como se ela estivesse num cenário expressionista.
Olhando para um certo ponto.
Um ponto de fuga.
E quando pergunto que nome daria.
Pensei em "She's Electric" do Oasis.
E sua resposta foi:
"CAN I BE ELETRIC TOOOOOOOOOO"
"Adoro essa música!"
Opa, então acertei.
Ela é elétrica!

Um trecho da canção "She's Electric" traduzida:
"Ela é elétrica, Eu também posso ser elétrico também?
Eu posso ser elétrico também?
Eu posso ser elétrico também?
Eu posso ser elétrico também?"

(SHE'S ELECTRIC, 2011)

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

FRAGMENTOS

Walking In My Shoes
Quando desenhei estes desenhos, eram pra ser apenas rabiscos. Tanto que nem foram arte-finalizados na época. Isso foi em 2008. Já em 2011, resolvi arte-finalizados.
Para desenha-los, tive como referência quatro clipes da banda inglesa Depeche Mode. "Walking In My Shoes", "In Your Room" e "Barrel Of A Gun", ambos dirigidos por Anton Corbijn. Cada desenho é uma cena, ou um fragmento do clipe.
Em "Walking In My Shoes", mostra um monge rasgando a página de um livro que poder ser uma Bíblia.
In Your Room
Para "In Your Room", o vocalista Dave Gahan em sua fase cabeluda, com a cabeça baixa e de braços cruzados, como se estivesse preso. Preso no vício das drogas. Ele foi e voltou do inferno.
Barrel Of A Gun
"Barrel Of A Gun", dois fragemtos. O primeiro, o vocalista tentando canalizar todos os seus demônios em rabiscos numa grande folha de papel. O segundo, o guitarrista/vocalista Martin Gore, agachado em um canto com as mãos na cabeça em dores como se estivesse tendo convulsões.
Barrel Of A Gun
Fé, Inferno e Dor (Faith, Hell and Pain). Bem-vindos ao mundo do Depeche Mode.

(FRAGMENTOS, 2008/2011)

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

PROMETIDA PÓS-MORTE DE VAN GOGH

O que era pra ser uma conversar sobre minimalismos, acabou virando uma conversa sobre expressionismo.
"Prometida Pós-Morte de Van Gogh", assim ela era chamada pelos amigos. Não só pela paixão deste movimento artistico mas também do artista Vincent Van Gogh.
A partir de seu processo de criação e fazer uma releitura de uma foto sua onde está deitada na cama lendo um livro. Nesta versão, ao invés de cama, um tumulo. E ao seu redor, o que era um quarto, virou um cubiculo bem fechado como se aquilo fosse o seu mundo. E a prometida, com seu cabelo cor de fogo.
Em seu mundo, ela lê uma frase e fantasia o resto. Seu livro é como se fosse a janela de um ônibus. Seu ateliê. Viajar sozinha. Observando e se alimentando da vida dos outros. Ela odeia conversar com gente estranha. Ela diz: "Para de falar. Não vê que estou tentando criar".
E depois ela volta pra casa e escreve. As vezes por meses. E depois transforma em materia.

(PROMETIDA PÓS-MORTE DE VAN GOGH, 2011)

sábado, 20 de agosto de 2011

PELÍCULA

Sabe quando você esta em um certo ponto de vista e bem a sua frente observa algo que se não for registrado em foto será registrado em desenho. Isso acontece muito comigo.
De cabeça baixa e com a franja cobrindo seu olho esquerdo. De franja, me veio a mente cortina. Mas não qualquer cortina. Uma cortina de cinema.
Captar por alguns minutos aquele momento, me lembrou das aulas de fotografia. Onde se falava muito de Henry Cartie-Bresson e sua "fotografia de momento". Outra lembrança das aulas de fotografia foram as leituras do livro "Filosofia da Caixa Preta" de Flusser.
Associando a fotografia com o cinema, o nome "Película", que no espanhol significa "Filmar". Captar cada momento de cada cena.
Ela é uma Película.

(PELÍCULA, 2011)

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

O ESPANCADOR

2º versão
Não preciso de olhos
Pra ver a realidade em sua volta
Na palma da mão
Além de sentir
Chora o sangue de mulheres e crianças
Quem tem olhos
Não vê o que se passa na real
Violência
Seja verbal
Ou seja física
Na palma da mão
Gera o medo
E esse medo
Fortalece o espancador
O espancador tem fome de medo
E sem o medo
O espancador não é nada
1º versão
Primeira e a segunda versão inspiradas em um dos personagens do filme "O Labirinto do Fauno" (2006), do Diretor Guillermo Del Toro. Envolvendo a fantasia e a realidade brutal que existe até hoje.

(O ESPANCADOR, 2008)

sábado, 16 de julho de 2011

MISS LÚCIFER

No início era pra ser apenas uma releitura de um arcanjo.
De arcanjo virou demônio.
Um demônio cobrindo seu corpo com suas enormes asas.
Mas sua aparência.
De bem, depois se tornaria mal.
De como desejaria a forma daquele ser.
De sentir o calor daquele ser.
Sua aparência é na verdade uma casca.
Quem realmente é por dentro.
Está linda mulher, na verdade é uma criatura das trevas.
Sensualizando e oferecendo o tamanho de seu amor.
Pulsando e chamando.
Sua "Vagina Dentada".
Como uma "Possessão".
Levando para um "Inferno Carnal".
Queimando por dentro.
Calor demoníaco, a noite toda.
Uma coisa demoníaca.
Ela é Hell.
Ela é Miss Lúcifer.

(MISS LÚCIFER, 2010)

sexta-feira, 1 de julho de 2011

THE KILLING MOON

Assistindo pela primeira vez ao clipe "Out Of Our Minds" da cantora canadense Melissa Auf Der Maur, vi que poderia fazer uma releitura. Uma personagem de capuz. Parada em uma floresta, de baixo de chuva sobre o luar.
O nome "The Killing Moon" partiu quando também estava assistindo o clipe da banda inglesa Echo And The Bunnymen de mesmo nome.
A tradução de "The Killing Moon" é está:
"The Killing Moon" (A Lua Mortífera)
Debaixo da lua azul eu vi você
Logo logo você vai me levar
Em seus braços
Tarde para te implorar ou cancelar tudo
Embora eu deverai saber que o tempo mortífero
Involuntariamente meu.
O destino
Contra a sua vontade
Atraves do espesso e fino
Ele esperará até que
Você se entregue a ele
Em noites iluminadas eu vi você
Tão cruelmente você me beijou
Seus lábios um mundo mágico
Seu céu todo enfeitado de jóias
A mortífera lua
Virá cedo demais

(THE KILLING MOON, 2010)

quinta-feira, 16 de junho de 2011

MAIS RÁPIDA QUE A LUZ

Durante sua última passagem em 2010.

Na Casa das Onze Janelas.

Entre Quatro Paredes.

Havia uma luz no teto apontando em direção a parede.

Projetando a imagem do céu.

De repente.

Surge a artista como veio ao mundo.

Patinando nas nuvens.

Balançando seus longos cabelos.

Não era um anjo.

Mas poderia ser.

Seus patins vermelhos eram suas asas.

Rodando no edén.

Mais rápida que a luz.

(MAIS RÁPIDA QUE A LUZ, 2010)

sexta-feira, 3 de junho de 2011

O LADO OBSCURO

VITROLA
E agora? Por onde começar? Foram essas as dúvidas que tive quanto quiz fazer o desenho (ou melhor, os desenhos) dela. Foi quando que vi duas imagens originais retratarem bem o seu mundo. A música é muito presente em seu ser. Vendo a imagem dela ao lado de uma vitrola. Colocando a agulha do disco. Gostei de cara. Tanto que o primeiro nome que me veio em mente foi "Vitrola".
O SEGUNDO ROSTO
O segundo desenho, faz uma referencia ao filme "O Segundo Rosto" (1966) do Diretor John Frankenheimer. O nome antes provisório era "Darkside". O curioso foi a forma de como foi tirada essa imagem. A luminosidade em seu rosto (principalmente no olho esquerdo). Me perguntavam por que eu não havia desenhado o olho esquerdo dela. Foi pelo mesmo motivo que tanto ela quanto eu vimos quando foi tirada a foto e fazendo uma releitura da mesma.
O que também me chamou atenção foram suas roupas. Me lembraram bastante o movimento musical Grunge que surgiu em meados dos anos 90. Deste movimento, surgiram bandas como: Nirvana, Pearl Jam, Alice In Chains, Soundgarden, Screaming Trees, Stone Temple Pilots, Mudhoney, L7 e entre outras.
"O Lado Obscuro", remete o que existe de dentro de nós.

(O LADO OBSCURO, 2011)

segunda-feira, 16 de maio de 2011

11 ANOS

Em 2005, perdi a sua mãe para o cancêr.
No mesmo ano, fiz essa pintura.
Sem Nome.
Apenas um estranho de capuz preto.
Carregando um pequeno caixão.
Ao seu redor.
O céu vermelho de sangue inocente.
E em sua face.
Um recorte de vários trechos de canções.
Canções relacionados a violência.
Agora, em 2011.
Essa mesma violência.
Levou a sua única filha.
Mortalidade.
Dizem que foi o destino.
Mas eu digo que não foi justo.
Ela só tinha 11 anos.
De passagem.
Uma vida interrompida.
A única pessoa que me deixou mais proxímo de como ser um pai.
Agora ela se foi.
Está ao lado de sua mãe.
Me desculpe se não fiquei mais tempo com ela como havia lhe prometido.
Liv...Sofia...
Esperem por mim.

Em memória a Sofia.

(11 ANOS, 2005/2011)

segunda-feira, 2 de maio de 2011

MOÇO DOS DESENHOS BONITOS

As vezes, quando faço um desenho simples, acontece do desenho por estar simples já estar pronto. Acho que a frase "O Artista sabe a hora de parar" também se encaixa nos desenhos simples.


Clarinha

Era dia. Estava na sacada do prédio de uma amiga fazendo um trabalho para universidade, Era no oitavo andar. Quando de repente chega a sua irmã e ela pega o violão que esta encosyado na sofá e começa a tocar. aquela imagem me ficou na cabeça tanto que no outro dia ouvi uma música sua gravada chamado "Controle Remoto". A ideia de fazer um desenho e um clipe de animação dessa música vieram na hora. Eu queria tanto que esta imagem fosse uma das primeiras cenas do clipe. Os cartazes de várias bandas de fundo não aparecem no clipe infelizmente.

Lucy e O Corvo Vicente

Está menina com o corvo no ombro, fiz quando a conheci pessoalmente, por que antes era somente pelas redes sociais. entreguei a ela no dia que assistimos a animação "A Casa Monstro" no cinema. Lap´s e nankin. infelizmente, o corvo não é de verdade e sim um bonequinho que cabe na palma da mão. Batizado de Vicente, tem apenas uma perna. Até Hoje, a dina do corvo não sabe como caiu a perna. Já tive vontade de fazer uma animação do Vicente. Talvez eu conte como o corvo perdeu a sua perna. Algo bem Imáginario.


Bia

E quem é esta pessoa estranha. Uma dica. Ela têm "Surtos Criativos".

Lembro quando fiz este desenho. Já era quase o final da aula do curso de Cinema B. Eu estava atrás dela. Com um lapís e um papel na mão, fiz na hora o desenho. Quando ela olhou pra trás, veio um "Own".
Ela dorou tanto que resolviarte-finalizar com nankin. Foi o meu presente pra ela depois de dois dias de gravação de nosso primeiro vídeo "O Dia Seguinte".


E antes que eu esqueça...Foi ela mesma que me deu este nome: "Moço dos Desenhos Bonitos".


(CLARINHA, 2005)
(LUCY E O CORVO VICENTE, 2006)


(BIA, 2011)

domingo, 17 de abril de 2011

VAMOS TODOS NOS ENCONTRAR NO ALÉM

De inicio, chamava este desenho de "Fonte da Vida", com referência ao filme de mesmo nome dirigido por Darren Aronofsky. Depois de um tempo, quando assistir "Rapsódia Em Agosto", do diretor Akira Kurozawa onde algumas imagens lembravam a este desenho como os olhos que testemulharam a bomba atômica. Criando raizes deste trágico dia ocorrido no ano de 1945. O título "Vamos Todos Nos Encontrar No Além" é uma frase escrita que faz parte de uma das cenas do filme.


(VAMOS TODOS NOS ENCONTRAR NO ALÉM, 2011)

sexta-feira, 1 de abril de 2011

O VIOLINO VERMELHO

Quando vi sua foto pela primeira vez com o violino, lembrei de cara de dois filmes: "Hilary e Jackie" e "O Violino Vermelho", ambas produções de 1998. Por coincidência, são seus filmes favoritos. Visualmente, "O Violino Vermelho" é o que mais se caracteriza nessa retratação.

Dirigido por François Girard, o filme se inicia no século XVIII, quando um artesão italiano constroi um violino em homenagem a sua esposa que esta preste a dar a luz. Mas uma tragédia ocorre e sua esposa e filho morrem durante o parto. O artesão para terminar sua obra, dilui tinta de madeira com o sangue de sua esposa. O Tempo passa e longo dos anos, quando o violino passa em mão e mão, traz consigo uma maldição. Quem tocar o violino, algo terrível lhe acontecerá ou com alguma pessoa querida.

No caso da pessoa retratada, ela está amaldiçoada em fazer um som vivo.


(O VIOLINO VERMELHO, 2010)

quarta-feira, 16 de março de 2011

HIPNOTIZADO

Honestamente não tinha nada em mente para dar título a este desenho. Pensei por um tempo batiza-lo pelo proprío nome da pessoa retratada. Foi quando que conversando com alguem que também conhece esta mesma pessoa sugeriu o seguinte: "Por que não cria um nome se baseando nos olhos dela?" E realmente, os olhos dela são lindos e encantadores. Foi quando que surgiu "Hypnotised" (Hipnotizado, de 1995), título de uma canção da banda escocesa Simple Minds. Talvez seja o nome que mais se adequa.
A tradução da canção "Hypnotised" é assim:
"Hypnotised" (Hipnotizado)
Eu posso sentir o mundo girando
Eu perco o chão
Sinto isso todos os dias
E posso sentir você chegando de dentro para fora
Estou perdendo o controle de toda a realidade
Eu me lembro de olhar em seus seus olhos
A forma como eles me puxavam para dentro
Tudo que tenho agora em minha defesa é minha inocência
Eu fui hipnotizado
Eu posso ouvir os sinos da igreja batendo
Me lembram um dia iluminado de sol
Quase todos os belso cavalos que você cavalgava
Voltam para sentir a sua energia
Ainda me lembro do olhar dos seus olhos
A forma como eles me preenchiam pro dentro
Tudo que tenho agora em minha defesa é minha inocência
Eu fui Hipnotizado
Você sabe que não será fácil
Nunca é fácil
Eu fui hipnotizado
Então me diga o que você pensa
Você pensa que eu me afogarei Número um, bode expiatório
Deixe-me entrar
Deixe-me misturar com as chamas
Se você tem luz que queima por dentro
O calor vai subir e derreter novamente
Ainda me lembro do olhar dos seus olhos
A forma como eles me puxavam pro dentro
Tudo que tenho agora em minha defesa é minha inocência
Eu fui hipnotizado
Tudo que tenho agora em minha defesa é minha inocência
Eu fui hipnotizado
Então me diga o que você pensa
Você pensa que eu me afogarei Número um, bode expiatório
Sou um elo perdido
Tudo que sei
É que eu fui hipnotizado
Estou esperando por um sinal
Ajude-me a realinhar
Talvez seja um pecado eu sei
Mas não é um crime
Tudo que sei
É que eu fui hipnotizado
Talvez haja um caminho
Eu posso achar um caminho
Hora final, dia do julgamento
Tudo que sei
É que eu fui hipnotizado
E eu não percebi
(HIPNOTIZADO, 2011)

terça-feira, 1 de março de 2011

MALLUQUINHA MARAVILHOSA

"Malluquinha Maravilhosa". Foi o primeiro nome que dei a ela logo de cara. Pela semelhança de uma cantora? De uma personagem? De uma pessoa estranha? por que não? Depois vieram outros nomes durante os dias, semanas, até chegar onde partiu de sua própria mente, "Surtos Criativos". Por que este nome? Posso dizer então que ela é uma fonte de idéias malucas, seja no cinema, na música e por que não nos quadrinhos.
Assim como no nome, este foi o primeiro desenho de muitos que fiz dela. Para a criação deste desenho, minha releitura foi um pouco diferente da imagem original. Deixando esteticamente mais expressiva. No original, ela está sem a guitarra. Acrescentei uma guitarra (que é um de seus sonhos). Em seguida, desenhei no fundo várias linhas de cores preta e vermelha em volta dela até originar há uma lua. Linhas que ao mesmo tempo possam representar as cordas da guitarra. Sua sonoridade. Sua composição não só na música, mas também no cinema e nos quadrinhos. Estas mesmas linhas feitas com bico de pena apresentando o seu mundo imaginário.
(versão 2, cor de Bianca D'Aquino)
Já esta outra versão do desenho, toda em infravermelho, foi idéia da própria. Deixando-a toda psicodélica.
O que posso dizer mais dela. Ela tem sido a minha inspiração. O nome do desenho poderia ser "Existencial". Obrigado por existir.
(MALLUQUINHA MARVILHOSA, 2011)

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

AURORA

Realmente não sei de qual imagem eu gosto mais, se é a fotografia original ou este desenho. Ambos retratam além de tanta beleza, uma expressão bem do cinema clássico. Talvez por que o desenho tenha sido feito durante o curso de Cinema Expressionista. A escolha do título foi por causa de um dos filmes expressionistas apresentados, "Aurora"(1927), dirigido por F. W. Marnau e que também lembra bastante a pesoa retratada neste desenho.
Para o cenário de fundo, desenhei uma floresta tendo como referência o vídeoclipe "One Caress" da banda Inglesa Depeche Mode.

A Aurora de todos os tempos.

(AURORA, 2010)

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

O HOMEM-ERRADO

Quando assistir pela primeira vez "O Homem-Errado" (1956), de Alfred Hitchcock, em uma dessas madrugadas de muitos tempos. Não me lembrava que a primeira cena do filme era a silhueta do proprio Hitchcock. Projetando sua sombra. Se apresentando e anuncindo o filme. Foi durante o curso de "Cinema Expressionista" que tive a oportunidade de rever ao filme.
Apresentando referências expressionista como claro e escuro existentes em sua fotografia. De alguma forma, vejo bastante este visual Artístico/Estético em outros filmes produzidos a quase 50 anos depois que são o caso de "Sin City - A Cidade do Pecado" (2005) de Frank Miller e Roberto Rodriguez, e "Renaissance" (2006) de Cristian Volckman.
Na história do filme, o músico Manny Balestrero (interpretado por Henry Fonda) é levado a prisão pelos crimes cometidos por um ladrão muito parecido com ele. Ao decorre do filme, sua prisão afeta não só a si como também a de sua esposa. Levando a loucura.
"O Homem-Errado" ou "The Wrong Man", me lembro uma canção chamada "Wrong", do Depeche Mode. Virou clipe onde um homem é amarrado e preso num carro rodando em sentido contrário nas ruas da cidade em plena noite até se colidir em algo que o pare.
A tradução da letra de "Wrong" é assim:
"Wrong" (Errado)
Eu nasci com o signo errado
Na casa errada
Com a ascendência errada
Eu peguei o caminho errado
Que me levou a têndencias erradas
Eu estava no lugar errado na hora errada
Pelo motivo errado e a rima errada
No dia errado na semana errada
Eu usei o método errado com a técnica errada
Errado
Errado
Há algo errado comigo quimicamente
Algo de errado comigo inerentemente
A mistura errada nos genes errados
Eu alcancei os fins errados pelos meios errados
Era o plano errado
Nas mãos erradas
Com a teoria errada de um homem errado
Os olhos errados, no prêmio errado
As questões erradas com as réplicas erradas
Errado
Errado
Eu estava marchando para o tambor errado
Com a escória errada
Estravassando a energia errada
Utilizando todas as linhas erradas
E os sinais errados
Com a intensidade errada
Eu estava na página errada do livro errado
Com a rendição errada do gancho errado
Com a lua errada, toda noite errada
Com a música errada tocando até que soasse a certa
Yeah
Errado
Errado
Longo demais
Errado
(O HOMEM-ERRADO, 2010)

domingo, 16 de janeiro de 2011

O VAMPIRO

Desenho feito a partir da cena de "O Vampiro" (1932), pelo Diretor Carl T Dreyer. Recomendado pelo Marco Antônio Moreira, durante o curso "Cinema Expressionista", na Caiana Filmes.
Para alguns, a sombra de fundo dava a forma e a imprensão de que fosse alguma criatura alada. Um morcego gigante. Confesso que quando estava arte-finalizando, a imprensão foi a mesma. Talvez uma das cenas mais expressivas e ao mesmo com uma linguagem mas proxíma a dos quadrinhos.

(O VAMPIRO, 2010)

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

FAUSTO

Mefisto

Desenho feito durante o curso "Cinema Expressionista" na Caiana Filmes. Na abertura do curso, foi exibido o filme "Fausto" (1926). De todas as cenas do filme, a do personagem Mefisto cobrindo a cidade com suas asas foi a que mais me impressionou. Parecendo até capa de alguma história em quadrinho.
O mais interessante foi que depois da linguagem dos quadrinhos, o movimento artístico expressionista é o que mas se aproxíma do meu trabalho. De alguma forma, os filmes antigos e mudos trazem uma carga visual, seja na estética ou na dramatização dos personagens. Assitir a estes filmes e fazer uma releitura de alguma cena através do desenho é construir o meu próprio pensamento sobre aquele momento.

(FAUSTO, 2010)