A lente da câmera É como se fosse uma passagem Para um outro mundo Onde o observador vê o mundo do observado Meio expressivo Meio surreal Um desenho vivo a nankin Mas o nankin acaba no meio da passagem Do claro ao escuro Do outro lado se vê um leque Cobrindo um rosto O leque se afasta Como uma meia lua Mostra a outra face É uma descendente Ela também vê Seu olho esquerdo mostra o que acontecerá no futuro. Os papéis se invertem. Ela que era observada agora é a observadora. E o que era claro vira escuro E o que era escuro vira claro.
As vezes, quando você conhece alguem na fila do cinema. E essa mesma pessoa tira da bolsa uma câmera. Pra registra alguns rostos ao redor dela. Horas depois da sessão. Você liga o computador e bate um papo virtual com ela. Descobre suas paixões. Beatles, fotografia e violão. Uma história sem fim. Retrata e retrato bem ela na real. No preto e branco. Como se ela estivesse num cenário expressionista. Olhando para um certo ponto. Um ponto de fuga. E quando pergunto que nome daria. Pensei em "She's Electric" do Oasis. E sua resposta foi: "CAN I BE ELETRIC TOOOOOOOOOO" "Adoro essa música!" Opa, então acertei. Ela é elétrica!
Um trecho da canção "She's Electric" traduzida: "Ela é elétrica, Eu também posso ser elétrico também? Eu posso ser elétrico também? Eu posso ser elétrico também? Eu posso ser elétrico também?"
Nascido em Belém do Pará. Graduado em Artes Visuais pela Unama. Desenhista, Animador 2D e Cinéfilo. Um cara solo.
Tomando o seu café e desenhando os seus propríos vídeos.
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@vincesouza