sábado, 6 de abril de 2013

VENEZA


“Veneza” foi à primeira canção que ouvi da Euterpia. Quando a ouvi a primeira questão que me veio foi: “De quem é essa voz?” A dona dessa voz se chama Marisa Brito.
A introdução da flauta é o ponto de partida de uma canção que poderia ser escrita em qualquer lugar, rumo a uma Veneza que imaginamos. Considero a letra um Road Vox onde a condutora é a sua voz com o som a o redor.
O desenho dessa viagem é a imagem de sua voz em preto em branco como uma nouvelle vague. Com uma rosa em mãos. Lembra a capa disco “Violator” do Depeche Mode. A voz vai, mas a rosa fica como o seu coração. Por que sempre volta.

Eis a letra de “Veneza”

Penso em alguma coisa
Para fazer num ano bom
Lembro de Veneza para tocar
Quero registrar as amizades
Cantorias, poesias
Discutir sob o luar
Mesmo que o verde seja falso
Que o cinza prevaleça
E que eu não pare de falar
Mesmo que a rima seja curta
E que a falta da laputa
Sempre vá me devorar
É o horizonte que me espera
Fuga que me aguarda
O tempo esmagador

(VENEZA, 2013)

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