“Veneza” foi à primeira
canção que ouvi da Euterpia. Quando a ouvi a primeira questão que me veio foi:
“De quem é essa voz?” A dona dessa voz se chama Marisa Brito.
A introdução da flauta é o
ponto de partida de uma canção que poderia ser escrita em qualquer lugar, rumo
a uma Veneza que imaginamos. Considero a letra um Road Vox onde a condutora é a
sua voz com o som a o redor.
O desenho dessa viagem é a
imagem de sua voz em preto em branco como uma nouvelle vague. Com uma rosa em
mãos. Lembra a capa disco “Violator” do Depeche Mode. A voz vai, mas a rosa
fica como o seu coração. Por que sempre volta.
Eis a letra de “Veneza”
Penso em alguma coisa
Para fazer num ano bom
Lembro de Veneza para tocar
Quero registrar as amizades
Cantorias, poesias
Discutir sob o luar
Mesmo que o verde seja falso
Que o cinza prevaleça
E que eu não pare de falar
Mesmo que a rima seja curta
E que a falta da laputa
Sempre vá me devorar
É o horizonte que me espera
Fuga que me aguarda
O tempo esmagador
(VENEZA, 2013)
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